Um dia, um missionário deitou-se com uma preocupação: «Como falar de Deus aos homens e mulheres de hoje?»
Adormeceu a custo e teve um sonho. Sonhou que, uma bela manhã, todos os cristãos se levantaram da cama, olhavam-se ao espelho e faziam este propósito: «Hoje vou dar um testemunho de alegria, dessa alegria que brota da fé como a água límpida da nascente». Pelas ruas da cidade, nos transportes públicos, nos lugares de trabalho, viam-se milhões de pessoas sorridentes, cordiais, acolhedoras, abertas aos problemas
dos outros, dispostas a perdoar.
Esses milhões de crentes faziam-se notar, tal era o contraste com a atitude habitual da multidão. E as pessoas interrogavam-se: «O que é que faz com que esta gente viva assim tão alegre? De onde lhe vem a energia?»
A notícia foi parar às primeiras páginas dos jornais e aos noticiários das televisões. Todos quiseram entrevistar esses cristãos e saber quais as razões para a sua alegria.
Este sonho tem o perfume da ingenuidade como todos os sonhos. Mas é um convite a saírmos de nós mesmos, a sermos alegres e a fazermos algo para que os outros vivam mais felizes.
Nietzasche, filósofo anti-cristão, dizia: «Eu até acreditaria que Jesus Cristo é o Salvador, como dizem os cristãos. Mas para isso eles tinham de mostrar na cara que foram realmente salvos».
Pedrosa Ferreira