Agenda Paroquial:

domingo, 30 de setembro de 2012

Tema do 26º Domingo do Tempo Comum - Ano B


A liturgia do 26º Domingo do Tempo Comum apresenta várias sugestões para que os crentes possam purificar a sua opção e integrar, de forma plena e total, a comunidade do Reino. Uma das sugestões mais importantes (que a primeira leitura apresenta e que o Evangelho recupera) é a de que os crentes não pretendam ter o exclusivo do bem e da verdade, mas sejam capazes de reconhecer e aceitar a presença e a acção do Espírito de Deus através de tantas pessoas boas que não pertencem à instituição Igreja, mas que são sinais vivos do amor de Deus no meio do mundo.
A primeira leitura, recorrendo a um episódio da marcha do Povo de Deus pelo deserto, ensina que o Espírito de Deus sopra onde quer e sobre quem quer, sem estar limitado por regras, por interesses pessoais ou por privilégios de grupo. O verdadeiro crente é aquele que, como Moisés, reconhece a presença de Deus nos gestos proféticos que vê acontecer à sua volta.
No Evangelho temos uma instrução, através da qual Jesus procura ajudar os discípulos a situarem-se na órbita do Reino. Nesse sentido, convida-os a constituírem uma comunidade que, sem arrogância, sem ciúmes, sem presunção de posse exclusiva do bem e da verdade, procura acolher, apoiar e estimular todos aqueles que actuam em favor da libertação dos irmãos; convida-os também a não excluírem da dinâmica comunitária os pequenos e os pobres; convida-os ainda a arrancarem da própria vida todos os sentimentos e atitudes que são incompatíveis com a opção pelo Reino.
A segunda leitura convida os crentes a não colocarem a sua confiança e a sua esperança nos bens materiais, pois eles são valores perecíveis e que não asseguram a vida plena para o homem. Mais: as injustiças cometidas por quem faz da acumulação dos bens materiais a finalidade da sua existência afastá-lo-ão da comunidade dos eleitos de Deus.

Padres Dehonianos

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

O que é a Fé?

João Manuel Duque, diretor-adjunto da Faculdade de Teologia, UCP-Braga

A primeira e mais básica resposta à pergunta do título poderá, sem dúvida, ser formulada do seguinte modo: a fé é uma determinada atitude dos humanos. Como tal, é bem começar por uma descrição breve das caraterísticas dessa atitude, que aliás são partilhadas por todos os tipos de fé, religiosa ou não, cristã ou não.
A atitude humana que melhor pode descrever a atitude de fé é a da confiança. Ter fé é, no sentido mais básico, confiar em algo ou alguém diferente de nós mesmos. Assim, opõem-se-lhe duas atitudes: a da desconfiança total, que levaria, em muitos casos, ao desespero; ou a da autoconfiança total, ou seja, a da confiança apenas em nós mesmos. Portanto, a fé pressupõe capacidade de confiar e capacidade de confiar noutros.
A confiança noutros implica, ao mesmo tempo, a capacidade de receber algo, reconhecendo que não podemos conquistar e produzir tudo o que somos e temos por nós mesmos. Porque quem confia em alguém mais do que em si mesmo, sabe que há dimensões da vida que só esse alguém, em quem se confia, pode dar.
O caso mais gritante é o do bebé, que confia na sua mãe ou no seu pai, relativamente a tudo o que tem a ver com a sua existência. Não considera, ainda – como acontecerá depois com muitos adultos – que é autossuficiente e que merece, pelo seu trabalho, aquilo que tem. O que tem e o que é, sente-o como dádiva permanente dos pais e confia nessa dádiva, despreocupadamente.
A atitude do bebé aproxima-nos de um nível de fé importante: o que se relaciona com o fundamento da nossa existência, seja quanto à sua origem seja quanto ao seu futuro. Porque não somos nós que nos damos a nós mesmos nem que garantimos o nosso próprio futuro. Assim sendo, ou desesperamos desconfiadamente da nossa existência, perante o perigo de deixar de ser, ou confiamos numa dádiva permanente do ser. Esse será o nível mais profundo da fé, relativamente ao sentido primeiro e último da existência de cada um, que é acolhido como uma dádiva milagrosa e imerecida. Ter fé é acolher a existência como dádiva gratuita de outro.
Mas, a este nível, esse Outro em que se confia é ainda muito indefinido. É apenas o próprio mistério de sermos – alguns diriam, «por acaso». Aceitar que há um Deus pessoal que nos origina e nos quer na vida, dando-nos gratuitamente essa vida, para que a aceitemos, mesmo quando é dura e parece não fazer sentido – isso é já uma modalidade religiosa ou teológica da confiança. A fé, então, torna-se fé teológica. Mas o Deus que nos dá a nós mesmos é, ainda, uma entidade muito vaga.
Aceitar que esse Deus, que dá a vida e nos dá para a vida, vive connosco, se revela e nos liberta da morte em Jesus Cristo, é confiar de modo cristão. Ter fé cristã é, portanto, aceitar que Deus, em Jesus Cristo, nos dá a vida, para além da morte e para além de todas a nossas capacidades de a conquistar. Isso permite uma atitude de confiança que abre à esperança, para além de todo o absurdo aparente. E, ao mesmo tempo, implica o conhecimento de que o único caminho dessa esperança é a caridade, como dádiva da vida ao outro. Ou seja, a fé cristã está sempre ligada às outras duas virtudes teologais, pois só assim o dinamismo do acolhimento da vida dada por Deus é possível.
A confiança fundamental que determina a atitude de fé do cristão implica, ao mesmo tempo, a confissão convicta de um conjunto de afirmações sobre Deus e sobre os humanos, a que chamamos Credo ou símbolo da fé. Nessas afirmações condensa-se a descrição da nossa confiança e dos seus motivos. Por isso, a confissão explícita de fé é imprescindível à atitude crente, mesmo que a sua formulação linguística deva tudo ás linguagens humanas. E essa confissão, assim como a atitude correspondente, vive-se num leque de relações comunitárias, que nos ligam aos outros crentes, do nosso tempo e de outras gerações, assim como aos próprios não-crentes. Ou seja, não há fé cristã se não for inserida num dinamismo comunitário e numa tradição. Se assim não fosse, a fé seria puro sentimento individual e subjetivo, de iniciativa própria e para auto realização pessoal. Mas, ao assim ser, negava-se a si mesma, pois negava a básica atitude de confiança no outro, mais do que em si mesmo.
João Manuel Duque, Diretor Adjunto Faculdade de Teologia, UCP-Braga

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Os saldos

Dentro de algumas semanas virão os saldos de Verão. Os produtos que não se venderam em condições normais, por causas muito variadas, pelo preço certo, são apresentadas ao público por preços
muito mais baixos. Os produtos, mesmo que sejam bons, são desvalorizados.

A lógica dos saldos vale para o comércio, pois é preciso esvaziar os armazéns, para dar lugar aos novos produtos que irão chegar com as modas da próxima estação. Contudo, não vale
para tudo. Há coisas que não podem ser desvalorizadas, postas a saldo.

Não se pode desvalorizar a felicidade, vendendo felicidades baratas. Trata-se de um produto de muita
qualidade, que não se compra em diversões fúteis, onde tudo vale desde que dê
prazer. A felicidade verdadeiramente humana tem um preço.

Não se pode desvalorizar a fidelidade no amor, como se essa promessa feita no dia de casamento, que foi de um amor para toda a vida, agora por questões de moda deixasse de ter valor. O
que é essencial, embora exija esforço, não pode ser posto em saldo.

Não se desvalorizar o cristianismo, apresentando apenas aquilo que é pouco exigente, que não exige
radicalismos e renúncias. Esse cristianismo barato, para poder ganhar mais
clientes, não seria o que aceitámos no nosso baptismo.

Não se pode pôr a felicidade, o amor e o Evangelho a saldo. Seria enganar as pessoas.

Pedrosa Ferreira

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Asas da Montanha: Com pais assim, chegar vivo à adolescência é um milagre!#links#links#links#links#links

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

NOTA PASTORAL da SEMANA da EDUCAÇÃO CTISTÃ

 Descobrir a urgência da fé: urgência e missão

1. O Santo Padre Bento XVI tem-nos lembrado constantemente a “necessidade de redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo” (Porta da Fé, 2). Hoje, tal como sucedeu no início do Evangelho com André e seu irmão Simão (cf. Jo 1,41.42), a fé cristã começa por um encontro: alguém que encontrou Jesus, falou-nos dele e levou-nos a conhecê-Lo. É daqui que pode nascer uma verdadeira relação de amizade.
2. Como a maioria das realidades essenciais da nossa vida, a fé encontra-se para além dos conhecimentos que são resultado das ciências naturais. Mas isso não significa que a fé seja algo de incerto e sem outras razões que as do sentimento. Pelo contrário: à medida que aprofundamos a nossa amizade com Jesus, percebemos que Ele nos convida a escutar e acolher mais profundamente a Palavra de Deus, a partilhar os dinamismos da comunidade cristã e a crescer no amor do próximo.
Deste modo, as nossas certezas vão ganhando cada vez mais alicerces na presença do Senhor que vem até nós na Igreja que é o Seu Corpo. Em cada dia que passa, o encontro com Jesus convida-nos à conversão e ao testemunho, por palavras e por atitudes de vida, de modo que também outros O possam conhecer. Para isso, é essencial que sejamos capazes de comunicar aquilo que vivemos. E tal como a nossa amizade com Jesus é participação na fé da Igreja e, por ela, da relação que Jesus tem com o Pai, assim também nas afirmações doutrinais, longe de sermos nós os seus autores, fazemos nossa, com a razão e o coração, a expressão doutrinal da fé da Igreja. Deste modo, podemos dar testemunho de Jesus, partilhar a fé com os outros que, tal como nós, também O encontraram, e sermos convidados a conhecê-Lo cada vez melhor na Igreja por Ele fundada. Ao mesmo tempo, o Espírito Santo, dá permanentemente testemunho ao nosso coração sobre a verdade da fé, sem nos distrair da realidade. Pelo contrário: Ele ajuda-nos a ver com os olhos de Jesus quem somos e o mundo que nos rodeia. É ainda o Espírito Santo quem cimenta a nossa comunhão com todos os que, ao longo dos séculos passados, acreditaram como nós e nos legaram o testemunho da fé. Em particular, Ele permite-nos viver unidos aos santos, que foram e são os grandes exemplos de humanidade e de vida cristã.
3. Podemos, pois, dizer que a fé cristã, dinamismo do encontro de Jesus com o ser humano, tem lugar no seio da comunhão dos que vivem a fé dos Apóstolos tal como nos é transmitida pela Igreja, comunidade dos crentes. A fé é o encontro com Jesus, vivido em Igreja, que dá um renovado sentido à nossa vida e nos abre novos horizontes de existência, que não podemos calar. Todos têm o direito de conhecer o verdadeiro rosto de Jesus; e nós, cristãos, temos o dever de O mostrar, sem medo, por meio de palavras e de obras.
De 29 de setembro a 7 de outubro próximo vai ter lugar a Semana Nacional da Educação Cristã, e no próximo dia 11 de outubro acompanharemos o Santo Padre na abertura do Ano da Fé. Ao longo de todos estes dias somos convidados – particularmente os pais, educadores, catequistas, docentes de EMRC, sacerdotes e comunidades cristãs – a tomar consciência de que “educar na fé” consiste, primeiramente, em ajudar a encontrar e conhecer Jesus, a viver da certeza desse encontro e, integrados na comunidade dos crentes, a sermos Suas testemunhas, animados pelo amor que Ele é.
Solenidade da Assunção de Nossa Senhora
15 de agosto de 2012

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Quando não puderes amar mais...

Quando não puderes amar mais, espera. Quando não puderes esperar mais, acredita. Quando não puderes acreditar mais, vai dormir.

- Notas de Abbé Pierre durante o noviciado (1931-1928)

domingo, 23 de setembro de 2012

Tema do 25º Domingo do Tempo Comum - Ano B

A liturgia do 25º Domingo do Comum convida os crentes a prescindir da “sabedoria do mundo” e a escolher a “sabedoria de Deus”. Só a “sabedoria de Deus” – dizem os textos bíblicos deste domingo – possibilitará ao homem o acesso à vida plena, à felicidade sem fim.
O Evangelho apresenta-nos uma história de confronto entre a “sabedoria de Deus” e a “sabedoria do mundo”. Jesus, imbuído da lógica de Deus, está disposto a aceitar o projecto do Pai e a fazer da sua vida um dom de amor aos homens; os discípulos, imbuídos da lógica do mundo, não têm dificuldade em entender essa opção e em comprometer-se com esse projecto. Jesus avisa-os, contudo, de que só há lugar na comunidade cristã para quem escuta os desafios de Deus e aceita fazer da vida um serviço aos irmãos, particularmente aos humildes, aos pequenos, aos pobres.
A segunda leitura exorta os crentes a viverem de acordo com a “sabedoria de Deus”, pois só ela pode conduzir o homem ao encontro da vida plena. Ao contrário, uma vida conduzida segundo os critérios da “sabedoria do mundo” irá gerar violência, divisões, conflitos, infelicidade, morte.
A primeira leitura avisa os crentes de que escolher a “sabedoria de Deus” provocará o ódio do mundo. Contudo, o sofrimento não pode desanimar os que escolhem a “sabedoria de Deus”: a perseguição é a consequência natural da sua coerência de vida.

Padres Dehonianos

sábado, 22 de setembro de 2012

Uma sinfonia

Escrito por «Cavaleiro da Imaculada»
JesusComeça este mês a catequese nas comunidades cristãs. Mais uma vez se pede que os pais matriculem as crianças e adolescentes na Catequese. É preciso que esta seja feita com beleza e qualidade.
O Directório-Geral da Catequese compara a catequese a uma sinfonia, isto é, a um conjunto de muitos sons que, juntos, formam um maravilhoso trecho musical.
Nesta sinfonia entram vários elementos. Se estes estão presentes, a catequese torna-se numa iniciação à fé viva, explícita e activa. Dela nascem cristãos com fé adulta.
Há quatro sons essenciais, que passamos a enunciar.

Os quatro sons

O primeiro som desta sinfonia é a voz dos pastores. Por isso, há os catecismos com os conteúdos da fé, devidamente aprovados pelos sucessores dos apóstolos. São os bispos os primeiros catequistas da Igreja.
O segundo som é o testemunho da comunidade cristã que celebra a sua fé e a vive no quotidiano. A fé vive-se em comunidade. Os catequizandos necessitam de comunidades vivas onde se sintam felizes.
O terceiro som é o exemplo dos pais. A fé transmite-se sobretudo pelo contágio, que acontece nas famílias verdadeiramente cristãs. Será olhando para os pais que a gente nova se deixará seduzir por Cristo.
Quando existir esta bela sinfonia em vários andamentos, a catequese será uma verdadeira iniciação à vida cristã no mundo de hoje.

Fonte: Cavaleiro da Imaculada, n.º 942, setembro de 2012

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

E esta!...

Portugal não é um país Rico! É sim um País subdesenvolvido.
Nos países subdesenvolvidos, cada um quer ser melhor que o outro. É assim que o consumismo dispara de modo absolutamente estúpido.

Em Portugal ir para a escola com um livro usado! Nem pensar. O meu menino não é nenhum "pelintra"!

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Devagarinho chegamos lá!

"Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará fazendo o impossível." 

São Francisco de Assis




domingo, 16 de setembro de 2012

Tema do 24º Domingo do Tempo Comum - Ano B

A liturgia do 24º Domingo do Tempo Comum diz-nos que o caminho da realização plena do homem passa pela obediência aos projectos de Deus e pelo dom total da vida aos irmãos. Ao contrário do que o mundo pensa, esse caminho não conduz ao fracasso, mas à vida verdadeira, à realização plena do homem.
A primeira leitura apresenta-nos um profeta anónimo, chamado por Deus a testemunhar a Palavra da salvação e que, para cumprir essa missão, enfrenta a perseguição, a tortura, a morte. Contudo, o profeta está consciente de que a sua vida não foi um fracasso: quem confia no Senhor e procura viver na fidelidade ao seu projecto, triunfará sobre a perseguição e a morte. Os primeiros cristãos viram neste “servo de Jahwéh” a figura de Jesus.
No Evangelho, Jesus é apresentado como o Messias libertador, enviado ao mundo pelo Pai para oferecer aos homens o caminho da salvação e da vida plena. Cumprindo o plano do Pai, Jesus mostra aos discípulos que o caminho da vida verdadeira não passa pelos triunfos e êxitos humanos, mas pelo amor e pelo dom da vida (até à morte, se for necessário). Jesus vai percorrer esse caminho; e quem quiser ser seu discípulo, tem de aceitar percorrer um caminho semelhante.
A segunda leitura lembra aos crentes que o seguimento de Jesus não se concretiza com belas palavras ou com teorias muito bem elaboradas, mas com gestos concretos de amor, de partilha, de serviço, de solidariedade para com os irmãos.

Padres Dehonianos

domingo, 9 de setembro de 2012

Tema do 23º Domingo do Tempo Comum - Ano B


A liturgia do 23º Domingo do Tempo Comum fala-nos de um Deus comprometido com a vida e a felicidade do homem, continuamente apostado em renovar, em transformar, em recriar o homem, de modo a fazê-lo atingir a vida plena do Homem Novo.
Na primeira leitura, um profeta da época do exílio na Babilónia garante aos exilados, afogados na dor e no desespero, que Jahwéh está prestes a vir ao encontro do seu Povo para o libertar e para o conduzir à sua terra. Nas imagens dos cegos que voltam a contemplar a luz, dos surdos que voltam a ouvir, dos coxos que saltarão como veados e dos mudos a cantar com alegria, o profeta representa essa vida nova, excessiva, abundante, transformadora, que Deus vai oferecer a Judá.
No Evangelho, Jesus, cumprindo o mandato que o Pai Lhe confiou, abre os ouvidos e solta a língua de um surdo-mudo… No gesto de Jesus, revela-se esse Deus que não Se conforma quando o homem se fecha no egoísmo e na auto-suficiência, rejeitando o amor, a partilha, a comunhão. O encontro com Cristo leva o homem a sair do seu isolamento e a estabelecer laços familiares com Deus e com todos os irmãos, sem excepção.
A segunda leitura dirige-se àqueles que acolheram a proposta de Jesus e se comprometeram a segui-l’O no caminho do amor, da partilha, da doação. Convida-os a não discriminar ou marginalizar qualquer irmão e a acolher com especial bondade os pequenos e os pobres.

Padres Dehonianos

domingo, 2 de setembro de 2012

Tema do 22º Domingo do Tempo Comum - Ano B

A liturgia do 22º Domingo do Tempo Comum propõe-nos uma reflexão sobre a “Lei”. Deus quer a realização e a vida plena para o homem e, nesse sentido, propõe-lhe a sua “Lei”. A “Lei” de Deus indica ao homem o caminho a seguir. Contudo, esse caminho não se esgota num mero cumprimento de ritos ou de práticas vazias de significado, mas num processo de conversão que leve o homem a comprometer-se cada vez mais com o amor a Deus e aos irmãos.
A primeira leitura garante-nos que as “leis” e preceitos de Deus são um caminho seguro para a felicidade e para a vida em plenitude. Por isso, o autor dessa catequese recomenda insistentemente ao seu Povo que acolha a Palavra de Deus e se deixe guiar por ela.
No Evangelho, Jesus denuncia a atitude daqueles que fizeram do cumprimento externo e superficial da “lei” um valor absoluto, esquecendo que a “lei” é apenas um caminho para chegar a um compromisso efectivo com o projecto de Deus. Na perspectiva de Jesus, a verdadeira religião não se centra no cumprimento formal das “leis”, mas num processo de conversão que leve o homem à comunhão com Deus e a viver numa real partilha de amor com os irmãos.
A segunda leitura convida os crentes a escutarem e acolherem a Palavra de Deus; mas avisa que essa Palavra escutada e acolhida no coração tem de tornar-se um compromisso de amor, de partilha, de solidariedade com o mundo e com os homens.

Padres Dehonianos