Agenda Paroquial:

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Matrimónios felizes

Neste tempo de Verão
celebram-se muitos casamentos. Por isso, julgamos oportuno recordar que, apesar
de tudo, há esposos felizes.

Quando se lhes pergunta qual o
segredo da felicidade do seu matrimónio, muitos casais atribuem-no à sorte.
Dizem que tiveram a sorte de encontrar o par ideal.

E que acontece quando não se
teve a sorte de encontrar o esposo ou esposa dos seus sonhos? É então que a
infelicidade bate à porta e acaba por destruir essa relação que, num dia de
festa, foi inaugurada com um «sim» pronunciado como sendo para toda a vida.

O segredo da felicidade de um
matrimónio está, sem dúvida, na escolha do parceiro ideal. Daí o tempo de
namoro, para se conhecerem bem um ao outro; em seguida, o tempo de noivado,
durante o qual se preparam para pronunciar o «sim» ao amor nas alegrias e nas
tristezas, na saúde e na doença, por toda a vida.

Contudo, este «sim», para
manter a frescura do primeiro amor tem de ser alimentado com atitudes
quotidianas.



Atitudes



Tomamos a liberdade de sugerir
algumas. Cada casal que veja até que ponto tem validade.

- Cada qual respeite a
individualidade do outro, a sua personalidade, a sua maneira de sentir e de
pensar.

- Cada qual respeite a
liberdade do outro, pois esta é um direito de todo o ser humano.

- Cada dia, com algum gesto
criativo (beijo, presente, ajuda…) mostre que continua a amar.

- Mesmo que apareçam as rugas,
cada qual mantenha a sua atracção física.

- Tenham ambos sentido de
humor e não dramatizem os conflitos caseiros.

- Sejam verdadeiros um com o
outro e partilhem as suas alegrias e dificuldades.

- Rezem juntos pedindo o dom
da fidelidade, para serem testemunho do amor de Deus para connosco.




quarta-feira, 30 de maio de 2012

Ler, muito importante ler!

 

Açores precisam de um Sínodo

D. António de Sousa Braga tem 71 anos e é bispo de Angra há dezasseis. Em entrevista à Agência ECCLESIA diz que gostaria de ter realizado na diocese um sínodo que dinamizasse as lideranças em cada “Unidade Pastoral Ilha”.

MC/Agencia Ecclesia
Agência Ecclesia - Após dezasseis anos como bispo residencial, é possível coordenar com mais segurança o trabalho de uma diocese dispersa?
D. António de Sousa Braga - Estou há dezasseis anos como bispo residencial dos Açores e conheço bastante a sua realidade, que ignorava por ter feito a minha vida religiosa e sacerdotal fora do arquipélago. Fui educado na religiosidade, na cultura açoriana e na “açoraneidade”. Isso dá-me a possibilidade de compreender melhor o nosso povo e de procurar caminhos de respostas às expressões da vida religiosa.

AE - Que balanço faz?
ASB - Depois destes anos, quando praticamente já estou no final do meu serviço episcopal – daqui a quatro ou cinco anos espero que haja um bispo novo – o balanço que posso fazer é de que não conseguimos neste arco de tempo dar as respostas que consideramos necessárias para os tempos que correm.
Vivemos numa mudança de época, num período de transição: saímos de um esquema muito bem estabelecido e ainda não sabemos como será, não temos receitas!

AE - O que é que gostava de ter feito?
ASB - Gostava que tivéssemos conseguido realizar um sínodo.
A diocese existe desde 1534 e ao longo da sua história só realizou um. Os desafios pastorais são tão grandes que acho que é necessário prever a realização de um sínodo para tomarmos consciência da realidade no mundo de hoje: as ilhas já não estão isoladas e vivemos num território geográfico descontínuo, não podendo por isso seguir esquemas de outras dioceses do continente.
Eu teria desejado que nós chegássemos a realizar um sínodo mas não foi possível. O que até não será negativo porque decorre na Igreja universal, e em Portugal, um caminho de renovação, nomeadamente com o Sínodo dos Bispos para a Nova Evangelização [de 7 a 28 de outubro de 2012, no Vaticano], de onde sairão orientações que ajudarão as Igrejas particulares a encontrar o seu caminho.

AE – A realização de um sínodo será a melhor metodologia para dar unidade à coordenação pastoral num território que é uma diocese, mas com nove ilhas?
ASB – Pela minha experiência nestes dezasseis anos temos de fazer uma grande aposta na Unidade Pastoral Ilha. Cada Ilha tem de ter uma coordenação e orientação pastoral. Claro que tem de haver linhas gerais, mas a serem concretizadas em cada uma.
Nós formamos uma unidade, tendo a diocese contribuído para essa ideia de unidade dos Açores; mas cada Ilha, mesmo do ponto de vista religioso, tem tradições próprias e é diferente. Tem, por isso, de formar uma unidade pastoral.
O grande problema é encontrar, em cada ilha, líderes que sejam capazes de orientar e aplicar à própria realidade as orientações da diocese.

AE – Seria preciso um bispo para cada ilha?
ASB – Não... Nós já temos em cada ilha a Ouvidoria, correspondente ao arciprestado. Em São Miguel, por exemplo, há oito.
O Ouvidor é uma figura que, em comunhão com o bispo, orienta a pastoral, porque esta joga-se na Unidade Pastoral Ilha.

AE – Brevemente vai ordenar seis sacerdotes diocesanos e um franciscano…
ASB – Nestes dezasseis anos já ordenei cerca de 40 sacerdotes (não é mérito meu, pois colho o que outros semearam). Ordenei uma média de três por ano.
É um grupo significativo, que corresponde às necessidades da Igreja. E eu procuro fazer ver à diocese que temos de estar abertos às necessidades da Igreja universal.

AE – A diocese poderia enviar sacerdotes em missão, por exemplo para o continente?
ASB – Sim, mas depois de reorganizar a pastoral. Nós ainda estamos muito ligados à pastoral paroquial, onde as pessoas estão habituadas a ter o seu pároco. Em proporção populacional temos bastantes padres. Por isso temos obrigação de ajudar a Igreja universal.

AE – De que forma prepara as lideranças de que sente falta?
ASB – Sensibilizamos e motivamos os padres em cada Ouvidoria. Mas é muito difícil a um sacerdote ser o líder e orientador dos colegas. E creio que é necessário procurar novas gerações, no Seminário, para uma maior liderança.

AE – Com tempos de formação no exterior também?
ASB – Como temos o Seminário com aulas internas e um quadro de professores próprio, temos por tradição mandar formar vários padres nas universidades romanas, depois de alguns anos de experiência pastoral.
Neste momento temos de resolver o problema da filiação do Seminário à Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, para garantir o título académico aos alunos que frequentam o curso no Seminário, o que ainda não temos.

AE – Quer isso dizer que o curso não é reconhecido academicamente?
ASB – Não. Até há uns anos o curso era equiparado a bacharelato mas agora esse título não existe. Estamos em conversações com a Faculdade de Teologia para assegurar uma ligação que garanta aos sacerdotes que, quando terminam o seu curso, tenham o título académico.
Espero ter esta questão resolvida antes de sair da diocese.

Ilhas cada vez mais pequenas
AE – Em tempos de crise, a pobreza e o desemprego estão a afetar particularmente a diocese?
ASB – Nalgumas Ilhas sim, nomeadamente em São Miguel, onde a construção parou.
Penso que há situações novas: a pobreza envergonhada, gente que estava mais ou menos bem e agora está no desemprego.
Os Açores são uma região pobre e muito dependente do exterior. Se faltar o apoio do exterior os Açores vão encontrar algumas dificuldades.

AE – A emigração está a aumentar?
ASB - Não tenho estatísticas. Fala-se, nalgumas Ilhas, que os jovens não estão a voltar. O que já acontecia: jovens que acabam os cursos e não regressam para as suas ilhas por não existirem postos de trabalho para os cursos que realizaram. Por isso as ilhas pequenas estão a ficar sem jovens, que vão para as maiores, ficam no continente ou vão para a Europa.

AE – A não adoção de medidas de austeridade tão fortes na Região como noutros pontos do país pode ter ajudado a não serem tão visíveis as consequências da atual situação económico-financeira?
ASB – O desemprego terá aumentado nos últimos meses…
Há um esforço da parte do Governo e das empresas, que estão a ser apoiadas pelo Executivo, para não eliminarem postos de trabalho.
Há a consciência de que é necessário garantir à Região postos de trabalho. Costumo até dizer, quando falo às IPSS, Santas Casas e Centros Sociais Paroquiais, que as Obras de Misericórdia já não são 14, mas 15. E a 15ª é criar postos de trabalho.

AE – Ainda não se terá sentido muito a austeridade nos Açores?
ASB – A impressão que tenho – e viajo bastante de ilha para ilha – é que as medidas de austeridade que têm um impacto mais duro se sentem nos Açores como no continente. Não quero trair os meus conterrâneos dizendo que não há dificuldades. Elas existem. Nós somos uma região pobre e aguentamos mais algumas dificuldades! Mas tudo tem os seus limites. Precisamos que Portugal não nos deixe. Somos uma Região Autónoma mas fazemos parte de Portugal.

AE – O que é que espera das próximas eleições regionais?
ASB – Espero que o povo vá votar. Não gosto nada que a abstenção cresça.
A maioria do povo açoriano é católica e a fé cristã deve formar cidadãos intervenientes e ativos, sendo a primeira obrigação participar no ato eleitoral. Espero que participem e que diminua a abstenção, bastante elevada há quatro anos, e que as pessoas vençam a desconfiança na política e votem em quem acham que pode conduzir os Açores nestes próximos anos.

AE – Nestas eleições regionais poderá acontecer uma mudança de ciclo político nos Açores?
ASB – Não sei. O povo é quem mais ordena…

Valorizar a Religiosidade popular
AE – A religiosidade popular dos açorianos contribui para a dinamização pastoral na diocese?
ASB – Sim. É um ótimo ponto de partida para uma verdadeira evangelização.
Podemos dizer que, além da programação pastoral que a diocese promove, há já um programa feito ao ritmo da religiosidade popular, que temos de valorizar e evangelizar.
Estou convencido que a nova evangelização tem muitas oportunidades no reconhecimento dos valores reais da fé cristã que existem nas manifestações de religiosidade popular.

AE – Com a visita à diocese de D. Rino Passigato, núncio apostólico, aconteceu essa valorização da religiosidade popular?
ASB – Sim. O facto de o senhor núncio apostólico ter sido convidado a presidir às festas do Senhor Santo Cristo, em Ponta Delgada, exprime o apreço que a Igreja tem pela religiosidade popular e o esforço que tem de fazer por a orientar. D. Rino Passigato, nas oportunidades de pregação, procurou precisamente dar orientações nesse sentido.
Aproveitámos a ida do núncio apostólico a Ponta Delgada para realizar a visita oficial à diocese. Esteve nas Ilhas da Terceira, Pico e Faial, onde teve oportunidade de testemunhar o nosso compromisso de viver cada vez mais e melhor a nossa ligação ao Papa (o núncio veio enquanto representante do Papa).

AE – Que balanço faz da visita?
ASB – Positivo porque o senhor núncio pôde ver um pouco a nossa realidade: esteve em quatro ilhas, em oito dias, e experimentou a instabilidade no nosso clima. Por outro lado foi uma boa ocasião porque na semana anterior ao Senhor Santo Cristo decorreu o Conselho Presbiteral anual e, na semana seguinte, a reunião dos Ouvidores das diversas ilhas. Eram reuniões previstas que contaram com a presença do senhor núncio.

AE – O inquérito sobre Identidades Religiosas em Portugal não se realizou na Diocese de Angra, como na do Funchal. Acha que os resultados estarão em sintonia com os do Continente ou teríamos surpresas?
ASB – A realidade dos Açores deve ser semelhante à do Norte de Portugal. Não tem comparação com Lisboa e Vale do Tejo.
Até agora não se realizou…

AE – Já tem indicações de quando se realizará?
ASB – O mais breve possível, para que não haja muito desfasamento em relação ao continente.
Pelo que sei a amostra está bem constituída. O estudo vai ser feito em três ilhas; cada uma representa a diocese no que respeita à prática religiosa: São Miguel está acima da média, o Faial, e a que está abaixo da média, a Terceira.

AE – A valorização da religiosidade popular poderá evidenciar-se neste inquérito?
ASB – Creio que sim porque inclui perguntas muito interessantes sobre as representações religiosas e a sensibilidade pessoal.
Veremos, por isso, que mesmo que as pessoas não sejam praticantes regulares têm uma sensibilidade e uma representação

AGÊNCIA ECCLESIA

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Um blogue de tempos a tempos

Diz o povo que "tristeza não pagam dívidas". Então aqui deixo hoje um blogue simpático e divertido. É que rir faz bem à saúde.
Tá Bonito - aqui

domingo, 27 de maio de 2012

Sem o ESPÍRITO, uma lástima verdadeira!


Sem o Espírito Santo, Deus fica longe;
Cristo permanece no passado;
O Evangelho é letra morta;
A Igreja é uma simples organização;
A autoridade é um poder;
A missão é propaganda;
O culto, uma velharia;
E o agir moral, um agir de escravos.

Mas, no Espírito,
O cosmos é enobrecido pela geração do Reino;
Cristo ressuscitado torna-se presente;
O Evangelho faz-se poder e vida;
A Igreja realiza a comunhão trinitária;
A autoridade transforma-se em serviço;
A liturgia é memorial e antecipação;
O agir humano é divinizado.
(Atenágoras)

TEMA DO DOMINGO DO PENTECOSTES


ANO B
SOLENIDADE DO PENTECOSTES

O tema deste domingo é, evidentemente, o Espírito Santo. Dom de Deus a todos os crentes, o Espírito dá vida, renova, transforma, constrói comunidade e faz nascer o Homem Novo.
O Evangelho apresenta-nos a comunidade cristã, reunida à volta de Jesus ressuscitado. Para João, esta comunidade passa a ser uma comunidade viva, recriada, nova, a partir do dom do Espírito. É o Espírito que permite aos crentes superar o medo e as limitações e dar testemunho no mundo desse amor que Jesus viveu até às últimas consequências.
Na primeira leitura, Lucas sugere que o Espírito é a lei nova que orienta a caminhada dos crentes. É Ele que cria a nova comunidade do Povo de Deus, que faz com que os homens sejam capazes de ultrapassar as suas diferenças e comunicar, que une numa mesma comunidade de amor, povos de todas as raças e culturas.
Na segunda leitura, Paulo avisa que o Espírito é a fonte de onde brota a vida da comunidade cristã. É Ele que concede os dons que enriquecem a comunidade e que fomenta a unidade de todos os membros; por isso, esses dons não podem ser usados para benefício pessoal, mas devem ser postos ao serviço de todos.

Padres Dehonianos

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Boa permuta

«Daria tudo o que sei por metade do que ignoro».
Assim escreveu (notável e magnificamente) Descartes.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

O bêbado e a viúva


Um bêbado estava sentado no jardim quando de repente vê um funeral lá ao fundo da rua e pensou "já agora vou ver o que é aquilo". Quando chegou ao pé do funeral gritava a viúva:
- Ai mê crido, vais para onde não há televisão, vais para onde não há camas, vais para onde não há luz, vais para onde não há feijão nem arroz, vais para onde não há vinho... E tu que gostavas tanto, vais para onde não há nada.
Vira-se o bêbado e diz:
- Oh, Oh! Queres ver que vão levar o homem para a minha casa?

segunda-feira, 21 de maio de 2012

O Pároco nunca tem razão


- Se prolonga a homilia mais alguns minutos, diz-se que é maçador, que faz dormir o povo


- Se é breve, todo o mundo comenta que não está para se incomodar


- Se levanta a voz, dizemos que grita


- Se fala com normalidade, diz-se que não se entende


- Se se encontra ausente, dizemos que anda sempre na estrada


- Se fica em casa, dizemos que tem medo do ar


- Se visita as pessoas, dizemos que nunca está em casa


- Se fica na residência, dizemos que nunca visita ninguém


- Se fala de finança, só pensa em dinheiro


- Se não fala de dinheiro, dizemos: que faz ele às esmolas que o povo oferece


- Se organiza festas, dizemos que nos cansa


- Se não organiza nada, diz-se que a Paróquia está morta


- Se demora com os fiéis, dizemos que não tem mais que fazer


- Se dá a entender que tem pressa, dizemos que não escuta a gente


- Se começa os actos religiosos pontualmente dizemos que tem o relógio adiantado


- Se começa um minuto mais tarde, dizemos que faz esperar as pessoas


- Se faz obras de restauro na igreja, dizemos que desperdiça o dinheiro


- Se não as faz, dizemos que a igreja apodrece


- Se prepara jovens e padrinhos para os baptizados, dizemos que faz bem, outros dizem que não vale a
pena, pois estão fartos de saber essas coisas


- Se promove encontros para noivos, dizemos que é um chato e que está a perder o tempo por que daqui a
pouco já estão separados ou divorciados


- Se organiza a catequese, dizemos que não é preciso tanta coisa, que massacra as crianças, outros até
dizem que só é preciso fazer uma linda festa com roupa de luxo e um belo almoço


- Se é jovem, dizemos que não tem experiência


- Se é velho, dizemos que já é tempo de se reformar


- E quando morre? Que pena!
Era um bom Padre e não há quem o substitua

domingo, 20 de maio de 2012

TEMA DA SOLENIDADE DA ASCENSÃO DO SENHOR

A Solenidade da Ascensão de Jesus que hoje celebramos sugere que, no final do caminho percorrido no amor e na doação, está a vida definitiva, a comunhão com Deus. Sugere também que Jesus nos deixou o testemunho e que somos nós, seus seguidores, que devemos continuar a realizar o projecto libertador de Deus para os homens e para o mundo.
No Evangelho, Jesus ressuscitado aparece aos discípulos, ajuda-os a vencer a desilusão e o comodismo e envia-os em missão, como testemunhas do projecto de salvação de Deus. De junto do Pai, Jesus continuará a acompanhar os discípulos e, através deles, a oferecer aos homens a vida nova e definitiva.
Na primeira leitura, repete-se a mensagem essencial desta festa: Jesus, depois de ter apresentado ao mundo o projecto do Pai, entrou na vida definitiva da comunhão com Deus - a mesma vida que espera todos os que percorrem o mesmo "caminho" que Jesus percorreu. Quanto aos discípulos: eles não podem ficar a olhar para o céu, numa passividade alienante; mas têm de ir para o meio dos homens continuar o projecto de Jesus.
A segunda leitura convida os discípulos a terem consciência da esperança a que foram chamados (a vida plena de comunhão com Deus). Devem caminhar ao encontro dessa "esperança" de mãos dadas com os irmãos - membros do mesmo "corpo" - e em comunhão com Cristo, a "cabeça" desse "corpo". Cristo reside no seu "corpo" que é a Igreja; e é nela que se torna hoje presente no meio dos homens.

Padres Dehonianos

sábado, 19 de maio de 2012

O Livro mais belo

Um sacerdote albanês, que esteve
num campo de concentração, conta: «Nesse campo não era permitido nenhum sinal
cristão. Contudo, durante a noite, trocávamos páginas dos Evangelhos que
tínhamos escondido debaixo da camisa. Cada um procurava decorar o seu conteúdo.
Com este mínimo alimento espiritual podíamos dar testemunho da nossa fé
naqueles cruéis anos de cativeiro».

O bispo vietnamita Van Thuam foi
preso em 1975 pelo governo comunista. Foram treze anos de cativeiro, nove dos
quais isolado numa cela, sem nunca ter sido julgado. Como não tinha acesso aos
Evangelhos, procurava recordar frases, que escrevia em pequenos papéis.
Conseguiu juntar mais de trezentas, que passaram a ser o seu livro de oração. A
elas juntou salmos e hinos da liturgia.

Ao lermos estes dois testemunhos,
sentimos certamente um certo desassossego. De facto, talvez nos falte ainda
esse amor ao Evangelho que tinham o sacerdote albanês e o bispo vietnamita.

Passados cinquenta anos do
Concílio Vaticano II, já é tempo dos cristãos perderem tanto tempo com leituras
sem interesse, e reservarem algumas horas da semana para se familiarizarem com
o Evangelho. Lendo, estudando, meditando, orando, serão mais evangelizados e
mais preparados para dar testemunho da alegria de seguir Jesus Cristo
ressuscitado.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Asas da Montanha: Um Dia, Isto Tinha Que Acontecer#links#links#links#links#links

Asas da Montanha: Um Dia, Isto Tinha Que Acontecer#links#links#links#links#links

A RECEITA DA BRUXA


A Maria (nome fictício) encontrou-me na rua. "Ainda bem que o vejo, porque preciso muito de falar consigo!"
- Então, que se passa? - perguntei.
- Preciso que o senhor me celebra uma missa, só minha. Só minha! E que use uma estola que tenho lá em casa. Ah! Quero a missa antes do nascer do Sol e que me deixe pôr no altar três velinhas, não todas juntas mas assim, assim, assim... - E ia gesticulando para sugerir a posição das velas.
Fiquei suspenso perante as ondas inesperadas e sucessivas de pedidos que a senhora me fez. Vieram-me  então à memória e à voz aquelas palavras que um amigo e colega costumava dizer a quem lhe vinha com pedidos semelhantes:
- Diga à  minha comadre bruxa que não preciso da receita dela para viver... Só falta a senhora pedir também para eu  a ajudar a fazer o "defumadoiro" cá fora, à porta da Igreja...
- Não, não - respondeu a senhora - é uma promessa...

Há pessoas que seguem muito mais à risca a receita da bruxa do que a receita médica. Há pessoas que confiam muito mais na bruxa do que no médico.
E qualquer psiquiatra saberá explicar muito bem o efeito psicológico que tal "fé" tem na vida e na saúde de muita gente, já que "a fé move montanhas".
- E o padre, que lhe respondeu? - perguntarão os amigos leitores.
Desde logo me apercebi que naquela cabeça e naquele coração não havia lugar para a explicação, não existia qualquer disponibilidade para acatar, para dialogar, para acolher. A senhora estava cheíssima da receita da "entendida". Não havia espaço para mais nada. Só para o meu sim.
A resposta foi um não claro.
Ui! Ficou em brasa! Já imaginam os leitores o troco que recebi. O costume em situações de contrariedade. " Os padres acabam com a religião, só sabem tirar a fé à gente..." E foi acrescentando à laia de desafio:
- Hei-de arranjar um padre para eu cumprir a promessa!...
E desandou. Tão furiosa que parecia que os paralelos do passeio ardiam...
"Oxalá acalmes - pensei - caso contrário, com tanta labareda na alma, ainda pegas para aí o fogo ..."

Isto de meter o sagrado e o bruxedo no mesmo saco é tremendo! Tal mistura é amassada pela ignorância e pelo fanatismo.
Às vezes parece que já nem um pingo de respeito há pelo sagrado. Põem-se Deus e a liturgia ao serviço da "magia negra."
Confesso que me chocam profundamente estas situações.
Blogue Asas da Montanha

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Como amar a Deus?

Gostaria de amar a Deus, pois Ele
me amou primeiro, mas não sei como fazer. Dai-me uma resposta concreta.


Para amar a Deus, a primeira
coisa consiste em falar com Ele como um amigo fala ao seu amigo. É verdade que
não o vemos e, por isso, temos dificuldade neste diálogo de amor. Mas podemos
fazer o esforço de nos retirar-mos para um lugar silencioso, que pode ser uma
igreja deserta, e aí ficar a pensar em Deus e no seu amor.


Podemos não sentir nada, mas
temos a garantia de que Ele está presente e nos escuta com amizade. Nem tudo o
que existe se vê, e Deus existe e está aí, mesmo sem O vermos com os nossos
olhos.


Para amar a Deus, a segunda coisa
consistem em amar as pessoas, a começar pelas mais próximas de nós: os pais, os
irmãos, os companheiros. «Como pode alguém dizer que ama a Deus, que não vê, se
não ama o eu próximo que vê? E quem disser que ama a Deus e odeia o seu irmão é
mentiroso». Isto escrevia S. João aos primeiros cristãos.


Para amar a Deus, em terceiro lugar, devemos respeitar a
natureza. Ele criou o mundo e entregou-o ao homem para fazer dele um jardim
cada vez mais belo. Quem ama a Deus, colabora no seu projecto de tornar este
planeta mais lindo, sem poluição, sem fome, sem guerras, sem violências, sem
ódios. Deus precisa de nós para, com amor, fazermos deste mundo um esboço do
paraíso definitivo.


E como amar a Deus, o próximo e a natureza no nosso
quotidiano? Aqui entra a imaginação e a criatividade de cada crente. O
importante é que haja verdadeiramente amor no coração. Santo Agostinho
escreveu: «Ama e faz o que quiseres». Só quando falta o amor é que são
necessárias as leis com ameaças de castigos.


Amando verdadeiramente a Deus, os cristãos são uma luz que
brilha na escuridão, um sal que dá sabor à vida, são um suave perfume que torna
o mundo habitável, são o fermento de uma civilização onde as pessoas se amam
como Jesus nos amou.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Os amigos


Os amigos são tão amigos, que voltam. São tão fraternos, que se doam. São tão simples, que cativam. São tão desprendidos, que unem. São tão dignos, que amam, compreendem e perdoam.

Os amigos são tão necessários, que sempre se fazem presentes. São tão grandes, que se distinguem. São tão dedicados, que edificam. São tão preciosos, que se conservam. São tão irmãos, que partilham. São tão sábios, que ouvem, calam e iluminam.

Os amigos são tão raros, que se consagram. São tão frágeis, que fortalecem. São tão importantes, que não se esquecem. São tão fortes, que protegem. São tão presentes, que participam. São tão divinos, que se eternizam.
São tão santos, que oram. São tão solidários, que se esquecem de si mesmos. São tão felizes, que da vida fazem uma festa.

Os amigos são tão responsáveis, que vivem na verdade. São tão livres, que crêem. São tão fiéis, que esperam. São tão unidos, que prosperam.
São tão amigos, que doam a vida e se imortalizam.

terça-feira, 15 de maio de 2012

MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS DA COMUNHÃO

 


Na Igreja, pela fé e pelo Baptismo, tornamo-nos cristãos ou fiéis (a Cristo).

Temos então, conforme a vocação de cada um:

-Fiéis ou cristãos leigos

-Fiéis ou cristãos ordenados, porque receberam o sacramento da Ordem (diáconos, presbíteros e bispos)

-Fiéis ou cristãos religiosos (frades e freiras, chamadas vocações de consagração)

-O Ministro extraordinário da Comunhão é um leigo.
--
O que é o ministro extraordinário da comunhão?
É, na Igreja Católica, um leigo a quem é dada permissão, de forma temporária ou permanente, de distribuir a comunhão aos fiéis, na missa ou noutras circunstâncias, quando não há um ministro ordenado (bispo, presbítero ou diácono) que o possa fazer ( trabalho, muito gente a atender, conveniência pastoral, etc).
Chamam-se extraordinários porque só devem exercer o seu ministério em caso de necessidade, e porque os ministros ordinários (isto é, habituais) da comunhão são apenas os fiéis que receberam o
sacramento da ordem. Na verdade, é a estes que compete, por direito, distribuir a comunhão. Por esse motivo, o nome desta função é ministro extraordinário da comunhão, e não da Eucaristia, visto que apenas os sacerdotes são ministros da Eucaristia, e a função dos ministros extraordinários da comunhão exerce-se apenas na sua distribuição.
---

Origem
Os ministros extraordinários da comunhão surgiram na Igreja Católica após o Concílio Vaticano II, como resposta à escassez de ministros ordenados, e à necessidade de pessoas que pudessem auxiliar os ministros ordenados na distribuição da comunhão em diversas circunstâncias, tarefa que para muitos se tornava demasiado extenuante devido ao tempo e esforço despendido. A introdução de ministros leigos que pudessem auxiliar na ausência de outros ministros ordenados teve como finalidade trazer mais eficácia e dignidade à distribuição da Eucaristia.
 
Bem acolhida na generalidade, esta novidade, contudo, não foi bem aceite por muitos católicos tradicionalistas, que sublinharam a anterior disciplina de não permitir aos leigos, em absoluto, tocar no pão ou no vinho consagrado nem nos vasos sagrados que os contêm.
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---Preparação e designação dos ministros extraordinários da comunhão
Os ministros extraordinários da comunhão devem ser escolhidos entre a comunidade cristã respectiva e devem ser pessoas idóneas e com boa prática cristã. Na maior parte das dioceses, os candidatos, antes de assumirem as suas funções, recebem uma formação litúrgica e doutrinal que lhes permita exercer a sua função com a máxima dignidade e decoro.
No fim de tal formação, são admitidos pelo bispo às funções para que foram escolhidos, o que nalguns casos é feito numa celebração litúrgica. Normalmente, a função é atribuída por um determinado prazo, que geralmente pode ser renovado.
No entanto, para o caso duma celebração em que são necessários os serviços dum ministro extraordinário da comunhão e não se encontra nenhum na assembleia, pode ser designada nesse momento uma pessoa idónea que auxilie o presidente da celebração. O missal romano apresenta, para esse efeito, uma fórmula de designação eventual de ministro extraordinário da comunhão. Neste caso, porém, a designação desse ministro cessa ao terminar a celebração.
--
Funções
São estas as funções dos ministros extraordinários da comunhão:
- distribuição da comunhão na missa.
- distribuição da comunhão fora da missa, aos doentes ou outras pessoas que com razão o solicitem.
- administração do viático.
-exposição do Santíssimo Sacramento para adoração dos fiéis (mas não a bênção com o mesmo).
-realizar a celebração da palavra na ausência do presbítero, mas orientando sempre para a Eucaristia. Celebração da Palavra NÃO é Eucaristia.
Todas estas funções devem ser realizadas em caso de necessidade, ou seja, quando não houver ministros ordenados disponíveis ou em número suficiente. Face a alguns abusos neste sentido, a Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, de acordo com o Papa João Paulo II, declarou, na instrução Redemptionis sacramentum que "se habitualmente estiver disponível um número de ministros sagrados suficiente para a distribuição da Sagrada Comunhão, não se podem designar para esta função ministros extraordinários da Sagrada Comunhão. Em tais circunstâncias, aqueles que estejam designados para tal ministério não o exerçam. É reprovável a prática daqueles Sacerdotes que, embora estejam presentes na celebração, se abstêm de distribuir a Comunhão, encarregando os fiéis dessa função."
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CRISTO!
-A Igreja existe por causa de Cristo

- Cumpre à Igreja anunciar Cristo aos homens
- A Igreja existe por causa dos homens
- “Assim como o Pai me enviou, Eu vos envio a vós”   
- “Ide por todo o mundo e anunciai o Evangelho. Quem acreditar e for baptizado será salvo”
Em qualquer serviço de Igreja, não actuamos em nosso nome, actuamos em nome de Cristo e da sua Igreja.
--A Eucaristia, é “o centro da vida da Igreja” como disse João Paulo II
COMO?
-Pelas nossas mãos e pelo nosso coração de crentes que amam Cristo Eucarístico. “Levamos um tesouro em vasos de barro…”
- Pela delicadeza com que tratamos o Santíssimo Sacramento
- Pela maneira como O adoramos e lhe rezamos
-Pela maneira como ajudamos os doentes (e famílias) a louvar, acolher e venerar Jesus Sacramentado
-Pela alegria serena que pomos no nosso serviço
-Pela maneira como escutamos o doente, lhe transmitimos uma palavra ou um gesto de carinho, de amizade, de presença
- Pelo amor que pomos na procura de soluções para as pessoas que não encontram saída para situações próprias
-Procurando sempre seguir o ritual com convicção.