Agenda Paroquial:

quinta-feira, 31 de julho de 2014

ERRARE HUMANUM EST


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Ouve-se a cada passo esta afirmação: "Não me arrependo de nada que fiz. Se voltasse atrás, voltava a fazer tudo na mesma."
Ainda ontem vi na TV uma entrevista a Otelo Saraiva de Carvalho. O jornalista perguntou-lhe a determinada altura se estava arrependido de alguma coisa que tivesse feito na sua vida. A resposta foi que não.
A  mim custa-me a admitir que uma pessoa não reconheça que nalguma parte da sua vida não tenha feito algo de errado ou algo de que não tenha que se arrepender.
Mas há egos maiores do que o Himalaias! Ou consciências tão petrificadas que perderam qualquer sensibilidade ao remorso.
Não é mal nenhum nem causa qualquer obstipação à personalidade reconhecer que houve ocasiões no passado em que não se esteve bem, coisas que não gostaríamos de ter feito, dito, sentido ou pensado. Afinal errare humanum est. Como é humano ter a humildade e a dignidade de reconhecer os erros. É salutar.
Pessoalmente não me causa qualquer dano psíquico reconhecer que há coisas que estiveram menos bem no passado e que se voltasse atrás tudo faria para estar melhor.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Vamos tentar

10 regras de ouro que ajudarão seus filhos a respeitar a autoridade


 
Impor limites pede criatividade. Não existem receitas, cada famíliatem a própria cultura e as próprias necessidades. O que funciona para um, não funciona para o outro, mas podemos partir de alguns elementos gerais:

1. Lembre-se que os limites e as regras são para os filhos e não para os pais. Às vezes os filhos pedem que os pais sigam as mesmas regras. Mesmo se o melhor modo se seguir as regras é ter um bom exemplo, isso não permite que seus filhos lhe ditem regras similares às deles. São os filhos a serem educados, não os pais. Isto os ajudará a entender que a autoridade são os pais e não os filhos.

2. As consequências estabelecidas para cada regra, além de serem lógicas e terem uma ligação com a falha, devem ser cumpridas no momento. Não estabeleça consequências que durem meses, ou sejam permanentes, porque a criança com o passar do tempo não saberá por qual motivo foi punida e se sentirá somente ressentida.

3. Em qual momento deve-se iniciar a colocar regras? O quanto antes melhor. Não pense que as crianças não o compreendem porque são pequenas. Podemos iniciar desde o primeiro momento com os horários de sono, de comer e de tomar banho. Isto lhe permitirá não se sentir tão oprimido pelas várias incumbências que implica o fato de tomar conta de uma criança. Começar cedo permite que as crianças ganhem confiança, tenham menos problemas quando chegar o momento de ir para a escola e adaptar-se rapidamente às regras da mesma.

4. É importante que uma vez estabelecida a regra, a mesma não seja repetida a cada momento. Deixe que as crianças se observem e cuidem do próprio comportamento.

5. Até qual idade devem ser exercidas as regras? Até que os filhos vivam sob o seu teto e dependam de certa forma de você, devem existir regras que favoreçam uma convivência sã e respeitosa. Quando forem independentes e autossuficientes estabelecerão asregras da própria casa.

6. É importante que, antes de colocar limites, estabeleçam-se bem as regras para que as crianças saibam quais delas quebraram.

7. É importante que os adolescentes participem na definição das regras e limites.

8. O maior esforço que é necessário cumprir é aquele de ser constante e coerente com as regras. Se você mesmo as quebra perderá credibilidade diante dos seus filhos.

9. Quando seus filhos recebem visitas em casa, devem explicar aos amigos quais são as regras para não serem mal entendidos. Se você não permite que seus filhos brinquem no sofá, serão eles que dirão aos amigos que na casa deles é proibido. Por exemplo: se você não permite que seus filhos adolescentes bebam álcool em casa, é preciso se assegurar que os amigos deles saibam que a festa em sua casa não prevê álcool. Isto permitirá que seus filhos convidem os amigos tranquilamente evitando péssimas experiências.

10. Quando você visita alguém, lembre seus filhos as regras fora de casa, mas se os avós são permissíveis e tolerantes, coisa que talvez você não suporte, considere que eles não são responsáveis pela educação; você pode até permitir alguns mimos da avó, mas retome as regras quando voltar para casa. Por exemplo, se você não permite que seus filhos comam na frente da televisão, mas os avós oferecem pipoca, lembre-os de que será somente desta vez porque os avós deixaram.

Todas estas recomendações facilitarão o exercício de autoridade, vista como um serviço que os pais oferecem aos filhos. 
Fonte: aqui

domingo, 27 de julho de 2014

O NOSSO DESCANSO ÉS TU


Neste tempo de férias,
pensamos, Senhor, naqueles que estão a repousar
e lembramos aqueles que não podem sequer descansar.

Neste tempo de contrastes,
pensamos naqueles que estão a trabalhar
e lembramos aqueles que nem sequer conseguem encontrar trabalho,
nem pão, nem casa.

Tu, Senhor, queres o nosso descanso.
Tu, Senhor, és o nosso descanso.

Como há dois mil anos,
Tu convida-nos a descansar,
a descansar conTigo,
a descansar em Ti.

Tu fazes-nos descansar quando nos ensinas.
Tu fazes-nos descansar quando nos acompanhas.
Tu fazes-nos descansar quando nos envolves com a Tua compaixão,
com o Teu amor, com a Tua infinita paz.

Fica connosco, Senhor,
como ficaste com os Teus discípulos quando a barca parecia afundar-se na tempestade.

Dá-nos luz para vermos que só Tu és a vida, a paz e tranquilidade
mesmo que tudo ameace ruína.

Ensina-nos, Senhor, a perdoar e a pedir perdão,
a amar e a sermos amados,
a louvarmos as virtudes e a sermos tolerantes com os defeitos e os limites.

Fica connosco, Senhor.
Sê Tu mesmo o nosso confidente,
a nossa praia e o nosso passeio dominical,
o nosso travesseiro e o nosso sonhar.
Sê Tu mesmo, hoje e sempre,
o nosso amanhecer e o nosso acordar.

Queremos viver em Ti.
Queremos amar em Ti,
sorrir para Ti, chorar conTigo.

Queremos ir sempre ao Teu encontro,
toda a vida, hora a hora,
até que, um dia, Tu nos chames
e nos convides a repousar definitivamente
e a permanecer em Ti para sempre,
JESUS!

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Ficar com a pulga na orelha...

O preconceito

Há um ditado popular que reza assim: "Nós só somos bons enquanto os nossos vizinhos quiserem."
O ditado popular não se refere à bondade ou maldade de coração, nem à reta ou desordenada consciência. Frisa apenas a opinião que os outros poderão ter de cada um de nós.
E como o preconceito ou uma ideia falsa, mil vezes repetidos, formam a opinião geral,  pode muito bem acontecer que uma pessoa boa seja mediocrizada, um medíocre seja divinizado, um pérfido seja entronizado como referência.
Não é só nos mídia que existem os "fazedores de opinião". Nas relações sociais normais eles existem e, porventura, com mais força. E todos conhecemos pessoas que têm especial jeito para desempenhar tal papel, queimando quem lhes desagrada ou não lhes interessa e promovendo os da sua simpatia ou quem lhes faz o jogo.
Há uns anos, participava numa refeição onde estava presente um presidente de Câmara de uma autarquia do sul do país. A certa altura, falava-se da gestão do pessoal, das relações pessoais, das tricas e licas que acontecem quando muita gente trabalha junta.
Referia o autarca que, quando um funcionário lhe vinha dizer mal deste ou daquele seu colega, ficava sempre com "a pulga atrás da orelha". É que, dizia, normalmente havia interesses pouco claros. Inimizades, vinganças, invejas, desejo de subir na carreira derrubando quem obstaculizava, favorecimentos, mau íntimo, etc, formavam a panóplia de motivos que levavam o referido funcionário a destilar veneno contra o seu colega ou colegas.
O autarca em causa dizia ainda ter muito pouca paciência para aturar situações do género que sempre desvalorizava e rapidamente terminava, afirmando que o líder deve estar acima sem se deixar enveredar por intrigas. E convicto, testemunhava: "Jamais permito que numa reunião alguém diga mal de um colega seu ausente!"
No fim da conversa, veio aquele vibrar de alma que apreciei demais: "Se porventura dou por mim a pensar mal de um funcionário só porque um colega dele falou mal dele, não descanso enquanto não tenho uma conversa com a pessoa atingida. E olhem que, normalmente, descubro que havia veneno por trás..."
São líderes assim que são verdadeiramente líderes e não fantoches.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Como?!

Como é possível conspurcar a beleza, manchar a inocência, abismar o futuro!?

Mas as crianças, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!…
Porque padecem assim?!…
(Augusto Gil)
59 crianças palestinas foram mortas por ataques a Gaza; 38 tinham 12 anos ou menos (aqui)

Pelo menos cinco crianças morrem de fome a cada minuto (aqui)

Criança deixada à fome come insetos (aqui)

Malaysia Airlines divulga lista de mortos em avião derrubado na Ucrânia. De acordo com as Nações Unidas, 80 dos mortos eram crianças (aqui)

Padrasto violador apanha nove anos (aqui)

Detido por posse e partilha de pornografia infantil (aqui)

Abusou do filho menor de quem tinha a tutela (aqui)

250 milhões de crianças no mundo não sabem ler (aqui)

Encontrei-me na rua com duas mães que traziam consigo as suas criancinhas de colo. Como todas as crianças, também estas eram lindas. Irradiavam simpatia e graça, fazendo vibrar cá dentro tudo o que de bom e de belo pode o coração humano.
E pensei nos últimos acontecimentos que a comunicação social nos apresenta. Tanta maldade, tanta perversidade contra as crianças!!
Como é possível conspurcar a beleza, manchar a inocência, abismar o futuro!?
Uma criança é uma PESSOA! Frágil, que precisa dos outros para crescer equilibradamente, saudavelmente.
Amor, educação, pão e saúde elas precisam. É dever da sociedade fazê-lo com paixão.
Mas fazer mal às crianças... Só um coração empedernido , estouvado, descarnado, pérfido.
Uma criança é sempre a garantia de que Deus ama o mundo.

sábado, 12 de julho de 2014

Uma coincidência

Frargentina contra Bentalemanha

A Renascença compilou imagens sobre a final do mundial e os dois Papas (prefiro insistir dois bispos de Roma; um é emérito). Ver aqui.



Mas não está lá esta.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Para reflexão final

A maior dificuldade pastoral



"Por vezes julgamos que uma das maiores dificuldades pastorais é podermos contar com o número suficiente de pessoas para respondermos aos diversos serviços, próprios de uma Comunidade Cristã.

Todavia, essa não é a maior dificuldade - por mais difícil que ela seja! A maior dificuldade pastoral é a capacidade de ajudar as pessoas a harmonizarem temperamentos; modos de entenderem a realidade e de a assumirem; e a serem capazes de construir, com sinceridade, projectos verdadeiramente comuns!

Para tanto, algumas atitudes são absolutamente necessárias: em primeiro lugar a aceitação da legítima diferença (cada um é singular no seu ser e no seu agir! E é legítimo que assim seja!); depois, a capacidade de ser frontal, na caridade, não permitindo que os problemas se arrastem indefinidamente (viver a sábia e genuína correcção fraterna!); esta segunda atitude pressupõe uma condição essencial - o verdadeiro diálogo (que não é arrazoado de imprecações, mas capacidade de verdadeira harmonização da diversidade, numa recta capacidade de pôr em comum perspectivas diversas de uma mesma realidade!); por fim, essa capacidade - tão cristã (e, por vezes, tão ausente!) - do perdão!

Muitas outras atitudes, possivelmente, serão necessárias para um sério entendimento!... Mas se conseguirmos, todos nós, cristãos, cultivar estas que acabo de considerar, as nossas paróquias tornar-se-ão verdadeiras Comunidades Cristãs! E conseguirão viver, minimamente, aquilo que São Paulo tão bem nos ensinou - que a caridade é o vínculo da perfeição! (cf. Cl. 3, 14).

Para isso, talvez tenhamos de regressar à simplicidade e humildade de crianças, como o Mestre afirmou: «Se não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no Reino dos Céus» (Mt. 18, 3).

OBS. Se lermos Cl. 3, 12 - 15, aí encontraremos algumas atitudes necessárias, capazes de nos conduzir à perfeição referida pelo Apóstolo!"


Pe. Carlos Godinho, Luso

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Isso já sabia eu!...

Em Portugal "tudo está ordenado para não se ter filhos"


Líder do grupo de trabalho para a natalidade afirma, em entrevista à Renascença que "existe o despedimento quase imediato das mulheres que estão em situação mais precária, em termos contratuais, assim que se torna evidente que estão grávidas."

Joaquim Azevedo diz que em Portugal "vivemos obcecados com o não ter filhos" e esses são também os sinais que a sociedade dá para os cidadãos. "Tudo está ordenado - até o apoio que existe ao aborto - para não ter filhos", afirma o líder do grupo de trabalho para a natalidade.

Em entrevista ao programa Terça à Noite da Renascença, o professor catedrático encarregado pelo primeiro-ministro para traçar um plano para o crescimento demográfico diz que os sinais de decadência na sociedade portuguesa estão à vista com os últimos dados conhecidos.

Para Joaquim Azevedo, o índice de fecundidade de 2013 diz-nos que "o país, continuando assim, até do ponto de vista do Estado social, é inviável a 30 anos ou menos".

Nesta entrevista, Joaquim Azevedo reitera que são muitas as queixas que lhe chegam de mulheres que são forçadas a assinar compromissos com os empregadores, garantindo que não vão engravidar, e diz que este é um facto que muita gente conhece.

O homem que o primeiro-ministro escolheu para fazer propostas para o incremento da natalidade diz que as queixas que lhe chegam não ficam por aqui e denuncia: "existe o despedimento quase imediato das mulheres que estão em situação mais precária em termos contratuais assim que se torna evidente que estão grávidas."
Joaquim Azevedo garante que recebe, diariamente, relatos de pessoas "que contam as suas situações e que dizem que não são respeitadas" e insiste: "temos que falar sobre isto, não adianta nada pôr a cabeça na areia".
O líder do grupo de trabalho para a natalidade acusa os políticos, em geral, por nunca se terem preocupado com o evoluir desta questão, que está a "hipotecar o futuro do país".
Adianta que é por isso que em todas as sessões em que participa verifica que há um grande desconhecimento sobre esta questão:  "fico escandalizado com o facto de haver uma percentagem  muito vasta da população e, geralmente, até de pessoas bastante informadas que não sabem o que se está a passar".
Fonte: aqui