Agenda Paroquial:

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Palavras que dizem tudo...

1. Todos aclamam João Paulo II como um (muito) bom Papa.
E são muitos os que se recordam de João XXIII como o Papa Bom.

2. O Papa Francisco nunca escondeu a sua admiração por João Paulo II e a inspiração que recebeu de João XXIII.
Aliás, há quem diga que ele ainda ponderou escolher o nome de João XXIV.

3. A canonização de João Paulo II tornou-se inevitável logo após a sua morte.
A canonização de João XXIII era expectável já em vida.

4. Com personalidades muito distintas, ambos foram uma verdadeira surpresa na altura da eleição.
Quase ninguém contava com um papa polaco em 1978. E poucos arriscariam a opção por um papa tão idoso em 1958.

5. João Paulo II destacou-se pela sua acção, pela sua missão, pelas suas incontáveis viagens e pelas multidões que arrastava em todas elas.
Enfim, pode dizer-se que foi um incansável sucessor de Paulo, além de Pedro.

6. João XXIII salientou-se sobretudo pela sua maneira de ser. Pela amabilidade, pela paciência, por uma incorrigível bondade, por tantos e tantos gestos. E, claro, pelo Concílio Vaticano II.
Um chegou praticamente a todos os lugares. O outro tocou praticamente todos os corações.

7. Não admira que a humanidade tenha chorado na despedida dos dois.
Eu também chorei a morte de João Paulo II. E teria certamente chorado a partida de João XXIII. Mas não tive sequer oportunidade. Ainda não tinha nascido.

8. Nem isso, porém, me impediu de ficar marcado por ele. Cresci a ouvir falar do Papa Bom como exemplo de pessoa e modelo de conduta.
Aquela figura de pai, que meus pais me desvelaram, povoou a minha infância e nunca se ausentou da minha vida. 

9. Não é, pois, a canonização que nos dá o conhecimento da santidade. No fundo, a canonização constitui o reconhecimento dessa mesma santidade.
Isto pode ser dito a respeito de João Paulo II e João XXIII. Cada um tinha palavras e atitudes que sabiam a Deus. Cada um emitia esperança para a vida e depositava alento no mundo.

10. Jacques Maritain disse que «os maiores educadores são os santos». A Igreja propõe-nos, agora, mais dois.
A santidade é um caminho em que cabem sempre mais caminhantes. Ninguém está excluído. A santidade é uma proposta que aguarda sempre uma resposta. A nossa também!