Universidade: Praxes abusivas refletem falta de «formação e educação»
Padre António Jorge Almeida, do Serviço Nacional da Pastoral do Ensino Superior, defende maior controlo sobre estas iniciativas
Lisboa, 27 jan 2014 (Ecclesia) – O padre António Jorge Almeida, membro da equipa executiva do Serviço Nacional da Pastoral do Ensino Superior (SNPES), da Igreja Católica, denunciou hoje “a falta de formação e educação” de muitos estudantes que se refletem em praxes abusivas.
Para o sacerdote, as praxes são “uma espécie de entretenimento em que ninguém governa nada e a lei foi posta de lado”. Isto porque “há uma ‘entourage’ económica nas próprias cidades para onde os jovens vão estudar e viver, que também prefere esta forma de existir”. O responsável alerta os jovens caloiros para “não se deixarem levar pelo ‘bicho papão’”, quando chegam à universidade, porque podem entrar num “sistema” que compromete “a vida e o futuro”. há toda uma arquitetura de praxe que ocupa maioritariamente os estudantes com coisas que não têm a ver propriamente com a formação académica”, lamenta. O assistente do SNPES, um organismo da Conferência Episcopal Portuguesa, deixa “um alerta às famílias” para que “procurem saber tudo sobre os seus filhos, onde se inscrevem, onde vão morar e com quem vão, que os acompanhem, com a liberdade própria com que se acompanha o jovem, mas que procurem saber onde o dinheiro é gasto”. “Vejo em muitos casos estudantes que ocupam mais tempo a preparar praxes e a executá-las do que propriamente a assistir a aulas e a estudar para os exames”, concluiu o padre António Almeida, também capelão do Centro Regional das Beiras da Universidade Católica Portuguesa. MD/OC |