Agenda Paroquial:

terça-feira, 23 de abril de 2013

Prudência, Francisco, prudência


Contaram-me uma vez que quando o anterior superior geral dos jesuítas foi eleito, Peter Hans Kolvenbach, este disse “estou aqui” e apresentou-se apenas com uma mala de mão. Dentro da mala havia uma folha em branco e uma esferográfica.

Lembrei-me disto a propósito do Papa Francisco, que, como já várias vezes ouvi, “parece que é Papa desde sempre”, embora só o seja desde 13 de março. Talvez tenha pensado muito nisso durante os últimos oito anos, se teve votos em 2005.


Por estes dias circula por aí esta comparação dos dois Papas. Não creio que a ostentação seja própria de Bento XVI. Julgo antes que Bento, pela sua humildade, vestia tudo o que lhe apresentavam, sentava-se onde diziam para se sentar e, se alguém lhe dava um chapéu antigo e ele o punha, de imediato iam sacudir o pó de outro ainda mais antigo a pensar que o Papa gostava. Nunca dizia não, mas nas coisas do vestir e aparecer, ele era apenas o quarto ou quinto da hierarquia da moda papal.

Já Francisco, para desgosto dos tradicionalistas sentimentalóides, parece que diz não a muita coisa, principalmente a vestimentas e dourados cujo sentido se perdeu. E diz sim a outras como dar beijos a mulheres como forma de cumprimento. Não tarda nada, estão a pedir prudência ao Papa imprudente.