Agenda Paroquial:

segunda-feira, 19 de novembro de 2012


Orientações da Ouvidoria do Pico
para a celebração das exéquias cristãs

 

O sentido cristão da morte é revelado à luz do mistério pascal da morte e ressurreição de Cristo, em quem pomos a nossa única esperança. O cristão que morre em Cristo Jesus «abandona este corpo para ir morar junto do Senhor».

O dia da morte inaugura para o cristão, no termo da sua vida sacramental, a consumação do seu novo nascimento começado no Baptismo, o definitivo «assemelhar-se à imagem do Filho», conferido pela unção do Espírito Santo e pela participação no banquete do Reino, antecipada na Eucaristia, ainda que algumas derradeiras purificações lhe sejam ainda necessárias, para poder vestir o traje nupcial.

A Igreja que, como mãe, trouxe sacramentalmente no seu seio o cristão durante a sua peregrinação terrena, acompanha-o no termo da sua caminhada para o entregar «nas mãos do Pai». E oferece ao Pai, em Cristo, o filho da sua graça, e depõe na terra, nas esperança, o gérmen do corpo que há-de ressuscitar na glória. Esta oblação é plenamente celebrada no sacrifício eucarístico, e as bênçãos que o precedem e o seguem são sacramentais.

As exéquias cristãs são uma celebração litúrgica da Igreja. O mistério da Igreja tem em vista, aqui, tanto exprimir a comunhão eficaz com o defunto, como fazer participar nela a comunidade reunida para o funeral e anunciar-lhe a vida eterna.

Na celebração das exéquias devem respeitar-se as normas e regras emanadas da Santa Séé, contidas no Cerimonial dos Bispos. Não se deve fazer acepção alguma de pessoas ou desta ou daquela condição, seja nas cerimónias, seja na pompa exterior.

Com o intuito de se criar uma regra comum às paróquias da Ouvidoria do Pico, sobre os ritos exequiais, aprovam-se as seguintes normas:

1 – O levantamento do féretro e acolhimento na Igreja seja feito como manda o ritual ou a juízo do Pároco.

2 – Na Igreja, colocar o defunto na posição que lhe competia na assembleia litúrgica, ou seja: o ministro ordenado, de rosto voltado para o Povo; o leigo, de rosto para o altar.

3 – A urna seja colocada no chão, junto ao altar da celebração, salvo a exiguidade do espaço.

4 – Junto da urna somente o Círio Pascal.

5 – Sobre a urna o livro dos Evangelhos ou da Escritura Sagrada ou uma cruz.

6 – Esteja a urna despida de qualquer adorno, incluindo flores, excepção feita para um manto, a juízo do Pároco, que cubra a urna sem mais nada por cima.

7 – Sempre que a urna for acompanhada por bandeiras, condecorações ou outras honras honoríficas, estas sejam postas à cabeça ou aos pés conforme a posição da urna, com excepção para a Bandeira Nacional e Bandeira Regional que deve ocupar a totalidade da urna sem que haja qualquer desrespeito para com estas.

8 – Providencie-se uma estante ou mesa onde sejam colocadas as honras expostas no número anterior.

9 - O rito da despedida seja feito conforme o expresso no Ritual a juízo do celebrante.

10 – Quanto ao rito no cemitério, faça-se como está no Ritual ou a juízo do celebrante.


São Mateus, 18 de Junho de 2010


O Ouvidor
Padre Marco Paulo de Matos Martinho