Agenda Paroquial:

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Os saldos

Dentro de algumas semanas virão os saldos de Verão. Os produtos que não se venderam em condições normais, por causas muito variadas, pelo preço certo, são apresentadas ao público por preços
muito mais baixos. Os produtos, mesmo que sejam bons, são desvalorizados.

A lógica dos saldos vale para o comércio, pois é preciso esvaziar os armazéns, para dar lugar aos novos produtos que irão chegar com as modas da próxima estação. Contudo, não vale
para tudo. Há coisas que não podem ser desvalorizadas, postas a saldo.

Não se pode desvalorizar a felicidade, vendendo felicidades baratas. Trata-se de um produto de muita
qualidade, que não se compra em diversões fúteis, onde tudo vale desde que dê
prazer. A felicidade verdadeiramente humana tem um preço.

Não se pode desvalorizar a fidelidade no amor, como se essa promessa feita no dia de casamento, que foi de um amor para toda a vida, agora por questões de moda deixasse de ter valor. O
que é essencial, embora exija esforço, não pode ser posto em saldo.

Não se desvalorizar o cristianismo, apresentando apenas aquilo que é pouco exigente, que não exige
radicalismos e renúncias. Esse cristianismo barato, para poder ganhar mais
clientes, não seria o que aceitámos no nosso baptismo.

Não se pode pôr a felicidade, o amor e o Evangelho a saldo. Seria enganar as pessoas.

Pedrosa Ferreira