Agenda Paroquial:

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Lá vem outra vez as dores de cabeça com a farsa dos Párocos do Pico à volta de Religião e Moral na Escola. A paciência anda a esgotar-se. As matrículas estão à porta. É, objectivamente, um assunto importante. Existem normas de Ouvidoria. E é a treta do costume.


EMRC, uma porta aberta...

«Ainda nem sequer está concluído o presente ano pastoral, nos âmbitos paroquial e diocesano, e abre-se já, no mundo escolar, a porta de um novo ano letivo, com as matrículas na Disciplina de E.M.R.C. (Educação Moral Religiosa Católica), que é de escolha livre e de oferta obrigatória, na Escola pública, desde o 1º ao 12º ano.
Por outro lado, a própria Diocese está já a despertar, a refletir e a organizar-se, para corresponder aos desafios pastorais do «Ano da Fé». A imagem sugestiva da “Porta da Fé” (At.14,27), sempre aberta para nós, e a abrir-se, cada vez mais aos gentios, move-nos ainda mais no propósito evangelizador de ajudar as novas gerações, a “descobrir a alegria de crer” (Bento XVI, Porta Fidei, 7). 
Sabemos bem que o empenho na Catequese Paroquial mobiliza muitas e boas energias na paixão educativa das nossas comunidades cristãs. Mas julgamos que essa merecida atenção pastoral, não nos deve descuidar de promover, de propor e de lembrar aos pais, às crianças, adolescentes e jovens, a oportunidade que lhes é oferecida, de frequentar a Disciplina de EMRC e o seu contributo específico na sua formação humana e cristã. Esta não substitui, nem se substitui à Catequese Paroquial.

… PARA UMA CULTURA DO ESPÍRITO!

A EMRC, de facto, não corre nem concorre com a Catequese. São duas formas bem diferentes da transmissão e da educação da fé, que se distinguem, quer pelo contexto, quer pelos objetivos, mas que concorrem – isso sim – para um integral anúncio do Evangelho de Cristo às novas gerações. A pertinência da Disciplina é tanto maior quanto mais constatamos que “em nossos dias, mais do que no passado, a fé se vê sujeita a uma série de interrogativos, que provêm duma mentalidade que, hoje, de uma forma particular, reduz o âmbito das certezas racionais ao das conquistas científicas e tecnológicas” (Bento XVI, Porta Fidei, 12). 
Quanto mais significativa for a presença da Igreja na Escola, através da Disciplina de EMRC, tanto mais se multiplicarão os tão desejados “encontros com pessoas que, embora não reconhecendo em si mesmas o dom da fé, todavia vivem uma busca sincera do sentido último e da verdade definitiva, acerca da sua existência e do mundo e podem contar connosco, na procura da fé” (Indicações Pastorais para o Ano da Fé, III.9)».