Igreja na ilha do Pico reabre ao culto oito anos depois do sismo de 1998 Oito anos depois do sismo, que a 9 de Julho de 1998 atingiu algumas ilhas dos Açores, a Igreja das Bandeiras, na Ilha do Pico, abriu, as portas ao culto no final do mês de Fevereiro, com a presença do Bispo da Diocese de Angra, D. António de Sousa Braga. O acontecimento fez-se coincidir com a visita do Bispo à Paróquia das Bandeiras, que se encontra em visita pastoral à Ilha Montanha, e que na igreja, agora reconstruída celebrou a liturgia da dedicação do novo altar. Depois de vários anos a celebrar no salão paroquial anexo à Igreja, o dia da abertura da igreja das Bandeiras significou um “voltar a casa que foi simbolizado pelo cortejo que se fez com a imagem da Senhora da Boa Nova, a padroeira da paróquia”, disse à Agência ECCLESIA o Pe. Pedro Amaral Mendonça, pároco daquela pequena freguesia com cerca de 500 habitantes. As obras de remodelação começaram em 2004, e dois anos depois os paroquianos de Bandeiras cantaram “o Te Deum em acção de graças”. Uma obra que “só foi possível concretizar com a comparticipação do governo regional” explicou o sacerdote. Assim, a obra que teve um custo de 678 mil euros, conta com a comparticipação em 75% do governo regional e os restantes 25% serão suportados pela paróquia. Um pagamento que, salientou o Pe. Pedro Amaral Mendonça, “temos 10 anos para fazer, com juros suportados pelo governo”. A igreja, formada por duas torres altas, e de estrutura imponente, precisou de remodelar “todo o sistema de suporte, ou seja de consolidação de todo o edifício” depois do sismo ter provocado fendas. Segundo o pároco de Bandeiras aquela igreja “já tinha sido abalada pelo sismo de 1973” e consequentemente reconstruída. Mas, referiu, este último sismo “veio com muito mais intensidade”. Porém, “não precisou de ser reconstruída de raiz porque, - justificou - a estrutura arquitetónica suportou o sismo”. Deste sismo que ocorreu a 9 de Julho de 1998 nas ilhas do Faial e Pico foram 27 as igrejas atingidas.