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V DOMINGO DA PÁSCOA - CRISTÃOS PARA SERVIR
Quem lê as cartas dos Apóstolos sente que o projecto das comunidades que querem construir se fundamenta na mais profunda comunhão com Cristo. De facto, Cristo é a pedra viva que celebra um sacerdócio santo. É n’Ele que radica toda a vida da Igreja, Povo de Deus, “geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido por Deus, para anunciar os louvores” (1 Ped 2, 5). Para entender a Igreja como comunidade viva, é preciso saber que ela radica em Cristo Ressuscitado. É certo que Jesus foi rejeitado pelos homens, morrendo numa cruz, mas Deus ressuscitou-O para ser pedra angular deste novo povo a construir. De facto, “a pedra que os construtores rejeitaram tornou-se pedra angular”.
Todos os cristãos são chamados a participarem na vida da Igreja. Como diz o Papa Francisco, a comunidade cristã não é constituida apenas por bispos e sacerdotes, todos os cristãos fazem parte dela e nela devem intervir, como agentes de salvação. São diversas as vocações, os carismas, as funções, mas cada um, à sua maneira, tem de saber servir. Isto mesmo sentiram os Apóstolos na comunidade de Jerusalém. Por isso escolheram diáconos que serviam às mesas e acolhiam os pobres, enquanto eles serviam a Palavra e anunciavam o Evangelho da Ressurreição. Conhecem-se os nomes dos primeiros diáconos e foi-nos dito que o diácono Estevão foi o primeiro mártir a dar a vida por Cristo. Estevão serviu até às últimas consequências.
Dada a grande responsabilidade do servir, os cristãos não podem ter medo, nem estarem preocupados. Toda a sua acção está fundamentada na fé em Jesus Cristo que é “o Caminho, a Verdade e a Vida”(Jo 14, 6). Esta relação com Cristo gera comunhão que será cada vez maior até à sua plenitude na glória de Deus.
Monsenhor Vítor Feytor Pinto (in Revista Liturgia Diária, ed. Paulus)