• S. João XXIII é o Papa do Concílio Vaticano II. Quando foi eleito, em 1958, falava-se de um Papa de transição. Chegou ao pontificado com a simplicidade de um homem bom que a todos acolheu e que quis simplesmente servir. No primeiro encontro com os cardeais anunciou que iria convocar um Concílio. À surpresa sucedeu a alegria, porque toda a Igreja sentia que era necessário responder às grandes transformações do mundo. O Vaticano II constitui, ainda hoje, o desafio para que a Igreja se volte para o mundo, sendo nele instrumento de salvação.
• S. João Paulo II é o Papa que toda a gente conhece. Nos 26 anos do seu pontificado levou o Evangelho a todos os cantos do mundo. As 196 viagens apostólicas tornaram-no, para todos, construtor de reconciliação e de paz: no diálogo com o mundo não teve medo e criou laços de esperança e de unidade. A queda do muro de Berlim, os encontros com Gorbachev e Fidel de Castro, a resistência à incompreensão e aos atentados, a identificação com o mistério de Fátima e tantas outras coisas fizeram de João Paulo II um profeta da esperança. A Nova Evangelização é a sua marca, com gestos proféticos e atitudes de uma enorme coragem. É também o Papa da Família e o Papa ao serviço da vida.
• Bento XVI revelou-se o Papa da coragem. Doutrinador invulgar, com uma clareza maravilhosa, sem medo de citar autores não crentes. Falar de amor, de esperança, de caridade e, finalmente, da fé que recebe a luz do Evangelho. Já sem forças para arrastar a Igreja no que é essencial, com o testemunho de total liberdade, Bento XVI chocou o mundo inteiro ao pedir a resignação. Surpreendeu o mundo, mas revelou uma Igreja sempre conduzida pela força do Espírito Santo.
• O Papa Francisco é uma lufada de ar fresco, numa Igreja em renovação profunda. O seu amor pelos pobres, o seu estilo simples, a sua relação de proximidade, a mudança radical com os hábitos no papado, a sua força em mudar as coisas, são um desafio que levará a Igreja inteira a converter-se no fundamental e a revelar-se com nova linguagem, novas atitudes, nova esperança.