Agenda Paroquial:

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

«Não é preciso cantar o Magnificat todo: demora muito!» E assim vamos nós com gente que até pode saber dividir muito bem compassos de música, mas de Liturgia tem nota zero... O Papa tinha as suas razões e eram muito fortes. Um Cântico Evangélico nunca fica a meio!

Sempre que necessário não se coibir de ferir suscetibilidades

Conta Jean Delumeau no seu magnífico livro, «Aquilo em que acredito» que numa das visitas do Papa João Paulo II a um país da América Latina, dominado por uma ditadura sanguinária, o protocolo tinha achado por bem retirar da oração de Maria o Magnificat, que ia ser rezado no final de uma das missas onde estaria presente o ditador, os seguintes versículos: «Manifestou o poder do seu braço / E dispersou os soberbos. / Derrubou os poderosos de seus tronos / E exaltou os humildes». Obviamente que o Papa perguntou ao chefe do protocolo o que se estava a passar para que não constasse a oração de Maria por inteiro, responderam que não queriam ferir suscetibilidades, diz-se que João Paulo II ficou triste (ou irritado, até acredito que tenha sido mais isso mesmo, irritação…) e obrigou que fossem colocados os versículos em causa e que a oração seria rezada por inteiro.
Fonte: aqui